Flexibilizar o comércio de gás natural é janela para desenvolvimento, apontam especialistas
Mauá, maio de 2019 – A flexibilização do comércio de
gás natural, que permitirá o acesso à matéria-prima por preço competitivo, é apontada
como janela para o desenvolvimento da indústria nacional, conforme os
especialistas que participaram do V
Seminário Dia da Indústria, realizado nesta sexta-feira (24/5), em Santo
André, sob a organização do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC
(COFIP ABC). O encontro recebeu profissionais de indústrias, instituições
públicas, associações de classe, universidades e consultorias para debater perspectivas
de desenvolvimento para o setor.
No abertura, Luís Pazin,
presidente do COFIP ABC e diretor industrial das Unidades de Químicos da
Braskem no Sudeste, falou sobre os objetivos de gestão à frente do Comitê e
destacou os esforços para estreitar o relacionamento do complexo industrial com
a comunidade do entorno, representada no seminário por integrantes do Conselho
Comunitário Consultivo (CCC). “Queremos atuar de forma harmônica com todos os públicos
para promover a perenidade do Polo Petroquímico”, declarou.
O peso da indústria química para a
região foi avaliado pelo deputado federal Alex Manente, presidente da Frente
Parlamentar da Química (FPQuímica), que ressaltou a necessidade do
relacionamento da sociedade civil organizada com o poder público para o avanço deste
setor. “Nós temos uma grande empreitada na luta pelo destravamento da
utilização do gás natural”, pontuou o parlamentar do Cidadania.
Em seguida, José Paulo de Lavra,
secretário de Segurança de Mauá, elogiou a sinergia estabelecida entre o COFIP
ABC e a Prefeitura, além de reforçar que a cidade está de portas abertas para as
iniciativas do Comitê. O mesmo tom foi adotado por Evandro Banzato, secretário
de Desenvolvimento Econômico de Santo André, que falou sobre a importância de
conexão entre o poder público e a iniciativa privada.
Fernando Figueiredo,
presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), analisou
as perspectivas de desenvolvimento da indústria a partir de estudos realizados
pela entidade e compartilhou expectativas, como privatização de refinarias,
implementação de novo mercado de gás, desburocratização e regulação de
substâncias químicas. “O Brasil está caminhando”, avaliou.
Um novo estudo sobre a indústria
química no ABC foi divulgado por João Luiz Zuñeda, sócio-fundador da MaxiQuim
Assessoria de Mercado. O levantamento demonstrou resiliência do Polo Petroquímico
entre 2013 e 2018, fase de instabilidade econômica no País, com o crescimento de
14% do faturamento anual do Polo, que passou de R$ 8,5 bi para R$ 9,7 bi, e a
preservação de 10 mil postos de trabalho. Zuñeda destacou o grande potencial do
gás natural para a economia brasileira e para alavancar o setor.
“A chave é disponibilizar o gás
natural no continente, no Estado de São Paulo, e isso já está sendo planejado
com a rota 4, que traria para o continente o gás natural vindo das plataformas
de exploração do Pré-sal”, disse.
CASE – Robson Casali, gerente de Desenvolvimento de Negócios em Energia
da Braskem, apresentou um projeto de inovação focado em geração de energia, que
tem implantação prevista até setembro de 2020 e prevê a substituição de turbinas
a vapor por motores elétricos no acionamento dos equipamentos de produção na
central petroquímica. “O projeto aumentará a confiabilidade elétrica da planta”,
apontou.
O seminário recebeu muitas
lideranças, como Edson Sardano, secretário de Segurança Cidadã de Santo André; Paulo
César Rodrigues, secretário-adjunto de Relações Institucionais de Mauá; Kelly
Fernanda e Silva, comandante do 3º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros; Antonio
Donizete da Silva, chefe-comandante da Defesa Civil de Ribeirão Pires; Marcos
de Cayres, coordenador da Defesa Civil de São Bernardo; Edgar Brandão,
secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC; e Arnaldo Santos
Jr., diretor da Agência de Inovação da Universidade Federal do ABC (UFABC).
SOBRE O COFIP ABC
O COFIP ABC – Comitê de
Fomento Industrial do Polo do Grande ABC – é uma entidade criada em 2015 com o
propósito de gerar sinergia entre as indústrias, o poder público e a
comunidade, em prol do desenvolvimento sustentável da região do Grande ABC/SP.
A instituição representa suas associadas em áreas específicas, ao promover
ações positivas e identificar oportunidades por meio de grupos técnicos. Atualmente o Comitê possui
13 empresas associadas: Air Liquide, AkzoNobel, Aquapolo, Bandeirante Química,
Braskem, Cabot, Chevron Oronite, Liquigás, Oxiteno, quantiQ, Supergasbras,
Ultragaz e Vitopel, e o Plano de Auxílio Mútuo – PAM Capuava – que é um
departamento da instituição. Acesse www.cofipabc.com.br |