Berço da indústria petroquímica brasileira, Mauá completa 64 anos
*Por Claudemir Peres
Neste
dia 8 de dezembro, comemora-se o aniversário de 64 anos de Mauá, município que possui
grande valor para o País por ser o berço da indústria petroquímica brasileira.
O Polo Petroquímico começou a ganhar forma em 1954 com a instalação de uma
refinaria de petróleo e se expandiu a partir de 1972 com o início de operação
da primeira petroquímica do Brasil.
Até
o início dos anos 1970, a localização deste complexo industrial era considerada
uma região afastada, não havendo quase nada em seu entorno, além de algumas
poucas fazendas. Assim, a partir da configuração de uma refinaria e uma
petroquímica, desenharam-se outras companhias com produtos específicos, o que
impulsionou o desenvolvimento socioeconômico do município.
Atualmente
o Polo é formado por diversas empresas que atuam na extensa cadeia produtiva do
setor, desde refinaria de petróleo até engarrafadoras de gás, e alimentam
centenas de indústrias espalhadas pelo ABC. Poucas indústrias apresentam tanto
poder de multiplicação de negócios e inserção em segmentos de mercados quanto a
química, denominada ‘a indústria das indústrias’.
Assim,
o Polo é hoje de suma importância para diversos setores da economia de Mauá. Além
de contribuir com parcela significativa dos impostos recolhidos pela cidade (do
processamento de produtos como etileno, propileno e polietileno, provêm 66% da
arrecadação de ICMS de Mauá), o complexo industrial gera 10 mil postos de
trabalho, destes 2,5 mil são diretos.
Berço
da indústria petroquímica nacional, Mauá ainda demonstra grande potencial para
escrever novos capítulos desta história. Ao olhar para o futuro, nota-se que a
cidade possibilita ao Polo uma capacidade bastante diferenciada para expansão,
em relação a qualquer outro complexo do País, justamente por estar localizado no
maior centro consumidor do hemisfério sul.
Em
função deste pioneirismo, condição que não lhe permitiu prever desde o início todos
os efeitos da instalação, a exemplo da proximidade entre residências e
indústrias, este Polo Petroquímico também possui desafios superiores em relação
aos outros três polos, que surgiram posteriormente e puderam se estruturar já com
base na experiência de Mauá.
Neste
dia 8 de dezembro, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP
ABC) reafirma o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável deste
importante complexo industrial, sendo uma das prioridades da entidade dar respostas
aos anseios da comunidade do entorno, ao compatibilizar interesses sociais,
econômicos e ambientais.
A
interação entre a indústria química e a comunidade situada no entorno das
fábricas é um fator primordial para a gestão do COFIP ABC, que lidera diversas
iniciativas em diálogo permanente com a população. Um exemplo disso é o
Conselho Comunitário Consultivo (CCC), que representa um canal aberto para a
discussão de assuntos que sejam de interesse comum.
*Claudemir Peres é presidente do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande
ABC (COFIP ABC) |